Como parte do Projeto Semear, estratégia de extensão das atividades acadêmicas da Faculdade Metropolitana que pretende atender a comunidade do entorno com ações de cunho social, educacional e de saúde, 16 crianças com idades entre cinco e dez anos estão recendo aulas de karatê na instituição.
Divididos em duas turmas, com aulas das 14:30 às 15:30 horas e das 15:45 às 16:45 horas, na sala um do Prédio Azul do Campus, as crianças recebem as instruções do Curso de Karatê duas vezes por semana, nas terças e quintas, sob a responsabilidade dos acadêmicos do Curso de Educação Física, Adriana Coelho (5º período e faixa roxa) e Soluedy Marques (7º período e faixa marrom).
As aulas tiveram início no dia cinco de maio e, juntamente com a técnica e o preparo físico, os alunos recebem as noções de disciplina, respeito, hierarquia, higiene e evolução pessoal, traduzidos, principalmente, no desempenho escolar que é permanentemente acompanhado e avaliado pelos instrutores.
Segundo o vice-diretor da Faculdade Metropolitana, professor Gilmar dos Santos, o objetivo é proporcionar a inserção social de crianças que moram nos bairros circunvizinhos da instituição, através da prática do Karatê. “O Curso de Karatê é apenas uma ação do Projeto Semear, que é bem mais amplo e pretende estreitar e fomentar laços, colocando a serviço da comunidade uma série de atividades que serão desenvolvidas com o apoio de sua moderna estrutura, e ao mesmo tempo oferecer aos acadêmicos um campo de estágio e pesquisas”, esclareceu o vice-diretor.
Benefícios do Karatê
Segundo a karateca Adriana Coelho, que no ano passado foi a revelação da 2ª Copa Rondônia de Karatê, na categoria juvenil, na faixa de verde a preta, classificando-se em 1º lugar em katar e 2º lugar em comitê, a prática do Karatê como esporte, difundido na comunidade do entorno da faculdade surge como um instrumento de auxílio diante dos muitos problemas que afligem a sociedade, particularmente as crianças. “Muitos não têm acesso ao básico que uma pessoa necessita para viver e acabam enveredando pelos caminhos da droga e da criminalidade, sem perspectivas de um futuro promissor”, explicou.
O Karatê é uma das práticas orientais que utilizam princípios filosóficos capazes de auxiliar na autoconfiança e autoestima – fundamentais para o resgate da identidade social dessas crianças. “Para alcançar os objetivos pretendidos, a metodologia se baseia em aulas práticas das técnicas, preleções de conhecimento sobre a importância da arte, aulas de concentração, autocontrole e conversas motivacionais. Futuramente teremos condições de levá-los a participar de competições e exames de faixa”, disse Adriana. Dessa forma, ao mesmo tempo em que se desperta nos participantes o interesse pela arte e pelo esporte, é possível promover a saúde física e mental, a sensibilidade, o domínio do ritmo, a coordenação motora, o espírito de cooperação e trabalho em grupo, entre outras habilidades indispensáveis a quem busca o seu espaço na vida.
As mães, que acompanham atentamente os treinos, acreditam na proposta do Karatê como instrumento de inclusão social. Na opinião delas, apesar do pouco tempo que estão treinando, já foi possível perceber uma melhora no comportamento dos filhos. Muitos deles diminuíram a agressividade e passaram a conviver melhor com as pessoas em casa, nas ruas e na escola.